Labirinto: o nosso 6° sentido. Formas de Tratamento

Para finalizar a nossa discussão sobre a perda labiríntica bilateral, hoje falaremos sobre as formas de tratamento para os pacientes que apresentam essa desordem. Até o momento não existe um tratamento que restaura as células nervosas dos labirintos. Por isso, a reabilitação do equilíbrio é a principal estratégia de tratamento e objetiva melhorar a estabilidade postural e o equilíbrio principalmente durante a deambulação. Melhorar a estabilização do olhar, da marcha e da instabilidade postural quando parado. A recuperação funcional será parcial, porém, com resultados positivos quando adequadas às expectativas do paciente. Existem alguns dispositivos que promovem substituição sensorial para a perda vestibular através de estímulos táteis e auditivos e a estimulação dos labirintos e dos nervos vestibulares com corrente galvânica têm mostrado resultados favoráveis na postura e estabilidade da marcha. Felizmente, o implante vestibular é uma opção cada vez mais promissora para o tratamento dos pacientes com perda da função labiríntica. Colocado cirurgicamente dentro do labirinto, o implante estimula de forma elétrica diretamente o nervo vestibular. Nos casos de perda vestibular associada à surdez, a cirurgia é combinada com o implante coclear. As pesquisas estão bastante adiantadas em vários serviços de otoneurologia no mundo, com benefícios na restauração do reflexo de estabilização do olhar e das respostas posturais. Estamos acompanhando de perto mais este avanço para habilitar e reabilitar o equilíbrio corporal. O tratamento da perda labiríntica bilateral é muito importante para que o paciente consiga ter uma boa qualidade de vida. Caso os sintomas sejam apresentados, é de vital importância que seja procurado um médico especialista. Dra. Rita Guimarães CRM PR 9009 - RQE 3040 Otorrinolaringologista Otoneurologista Hospital de Clínicas UFPR Centro de Zumbido Curitiba

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