Zumbido de origem muscular? Aprenda a lidar com ele como tratá-lo da forma correta
O GIPZ de agosto
contou com a palestra da fisioterapeuta Vivian Pasqualin e tratou desse delicado assunto
Ontem, dia dois de agosto, aconteceu a já conhecida
reunião do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido (GIPZ), em Curitiba. O
Grupo, que é formado pela médica otorrinolaringologista e ortoneurologista Rita
de Cássia Cassou Guimarães, pela fonoaudióloga Izabella Pedriali de Macedo,
pela fisioterapeuta Vivian Pasqualin, pela psicóloga Daniela Matheus e pelo
ortodontista Gerson Kohler, nesse mês, abordou o assunto “A Contribuição da
Fisioterapia na Avaliação e Tratamento do Zumbido”, e a palestrante do encontro
foi a fisioterapeuta Vivian Pasqualin.
Para iniciar a conversa, a especialista comentou sobre a relação da
musculatura com a percepção do zumbido. Vivian também lembrou que o zumbido é
um sintoma que atinge 17% da população mundial, 28 milhões de brasileiros e é
caracterizado como um som percebido sem uma estimulação externa.
“As causas do zumbido são variadas, - existem cerca de 200 - e,
normalmente, quem possui zumbido, é acometido por mais de uma. Porém, as que
mais tem a ver com a fisioterapia são aquelas que envolvem os músculos, ou
seja, o zumbido de origem muscular”, explicou.
Essa forma de zumbido pode ter origem mecânica, ou seja, devido a uma má
mastigação, sono ruim e, com isso, a falta de recuperação completa do músculo,
ou psíquica, devido a estresse, ansiedade e demais sensações que fazem com que
os músculos fiquem contraídos sem a percepção do paciente.
Os músculos que mais têm ligação com o zumbido são aqueles da região do
pescoço, coluna ou face – os de origem somática ou temporomandibular. São eles
o infraespinhoso, o trapézio, o temporal, o escaleno, o masseter, o digástrico,
o esplênio da cabeça, o elevador da escápula e o esternocleidomastoideo (ECM).
Vivian comenta que muitas pessoas que sofrem com essa forma de zumbido encontram
uma forma de modular ele de acordo com a contratura muscular, - por meio da
mastigação, apertamento dos dentes, ou qualquer outro movimento - e que, o
objetivo da fisioterapia é fazer com que esses músculos relaxem. Ela comenta
que o zumbido por contração muscular acontece por uma excitação inapropriada, patológica,
das vias auditivas, e que pode ser tratado e amenizado com a ajuda da
fisioterapia.
“A fisioterapia tenta induzir a recuperação da função correta do
músculo, minimizando ou até abolindo o zumbido, e, assim, melhorar a qualidade
de vida do paciente. Para isso, é preciso uma grande investigação até ser
encontrada a verdadeira causa do problema. São feitas avaliações posturais,
testes de modulação e o tratamento que envolve soltar os músculos e alongá-los.
As orientações da especialista para quem sofre com essa forma de zumbido
são: fazer bochechos com água morna, calor úmido no pescoço – preferencialmente
com bolsa d’água quente e com o paciente deitado em uma posição confortável, -
a utilização de um travesseiro adequado, que faça com que a cabeça permaneça
alinhada durante a noite toda, e exercícios específicos.
Relatos de casos
Viviam trouxe para o GIPZ o relato de um caso de um paciente que tratou.
Com 43 anos, o enfermo sofreu um acidente de carro que desencadeou o zumbido
como uma sequela devido ao movimento de “whiplash” – o movimento de chicote que
a cabeça faz ao receber uma pancada de carro. “Esse é um fator que precipita o
zumbido. Para tratá-lo, descobrimos a causa do seu problema e, em cerca de um
ano e meio depois de tratamento, ele recebeu alta e não percebe mais o zumbido”
ressalta Vivian.
A especialista conclui, dizendo que o paciente nunca deve “brigar” com o
corpo. A pessoa só deve ir até o seu limite, nunca ultrapassá-lo. “Não mexa com
força no seu corpo. Não alongue-o quando ele estiver frio. É preciso aquecê-lo
antes de alongar, senão, vai acontecer uma espécie de ‘cabo de guerra’, em que
você puxa para um lado, o corpo para o outro, e quando você soltar, o músculo
pode contrair e causar mais dor” exalta.
As reuniões acontecem todos os meses na primeira sexta-feira do mês, no
5º andar do Anexo B do Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba. Os encontros
têm início às 14 horas e a entrada é franca.
O próximo encontro acontecerá no dia seis de setembro, terá como tema “A Contribuição da Ortodondia na Avaliação e Tratamento do Zumbido” e a palestra vai ser ministrada pelo Ortodontista Gerson Köhler.
O próximo encontro acontecerá no dia seis de setembro, terá como tema “A Contribuição da Ortodondia na Avaliação e Tratamento do Zumbido” e a palestra vai ser ministrada pelo Ortodontista Gerson Köhler.
O telefone de contato para participar das
reuniões e tirar demais dúvidas é o (41) 3225-1665.
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