Como o zumbido e os transtornos do sono podem estar relacionados




Caracterizado como um som percebido pelo individuo sem uma fonte externa que o produza, o zumbido é um sintoma que afeta cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil e possui mais de 200 causas conhecidas – dentre elas a exposição a ruídos muito altos, acidentes, infecções nos ouvidos, envelhecimento, stress, etc.

“A causa mais comum para o aparecimento do zumbido é a exposição frequente dos ouvidos aos sons intensos, o que faz com que a capacidade de ouvir seja diminuída. O envelhecimento natural do organismo é outro fator comum que pode desencadear o aparecimento de zumbidos”, explica a Dra. Rita de Cássia.

Segundo a especialista, quando o ambiente está silencioso – antes de dormir, por exemplo – é quando o paciente escuta o zumbido de forma mais alta e incômoda. “O zumbido pode fazer com que haja um quadro de insônia, pois a pessoa percebe mais o zumbido no silêncio antes de dormir. Além disso, quando ocorrem interrupções no sono durante a madrugada, ao despertar, a pessoa percebe o zumbido, e tem dificuldade para dormir novamente”, comenta Rita.

Durante o sono também podem acontecer os microdespertares, observados apenas na polissonografia, mas que correspondem a apertamentos de dentes – outra causa de zumbido. “Enfim: o sono não reparador causa cansaço, problemas de atenção, concentração, humor, e, consequentemente, um maior incômodo com o zumbido no dia seguinte”, exalta.

A doutora explica que no silêncio, o ruído, originado dentro do corpo e percebido na cabeça ou nos ouvidos, fica ainda mais ‘alto’. “Na realidade, mesmo quando não existe modulação de volume do zumbido, o que muda é a percepção do paciente. Ou seja, quanto mais ele dá atenção ao ruído, principalmente em situações de estresse e ambientes silenciosos, maior é a sua percepção”, ressalta.


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