Labirinto: O nosso 6° sentido. As Perdas Labirínticas Bilaterais

Pacientes com perda bilateral labiríntica podem ser crianças, adultos ou idosos que apresentam sintomas físicos, cognitivos e emocionais com repercussão no comportamento e na performance das suas atividades. Os principais sintomas físicos são a oscilopsia e o desequilíbrio. A falta de estabilização do olhar principalmente com movimentos da cabeça e ao caminhar, chama-se oscilopsia. Os objetos parecem distorcidos, dificultando inclusive o reconhecimento da face das pessoas. Como se o ambiente estivesse balançando o tempo todo. Já o desequilíbrio ocorre em pé e andando, piorando no escuro, em superfícies irregulares e com movimentos da cabeça. Extrema dificuldade para andar e olhar para os lados. Os pacientes necessitam do apoio de bengala, andador, ambientes mais iluminados e todo movimento é realizado com maior esforço e atenção aumentando o risco de cair, o que acontece em mais da metade desses indivíduos. As dificuldades pioram em ambientes com muitos estímulos visuais de padrões e cores, tráfego intenso e luzes dos automóveis, por exemplo. Isto cansa, causa dor de cabeça e no pescoço, náuseas, cansaço mental e problemas de sono. Os sintomas cognitivos se relacionam com atividades em dupla-tarefa, como cruzar a rua e olhar para os lados, andar e ler placas, dirigir. Problemas de orientação espacial e cálculo de distância do próprio corpo, como estimar a velocidade dos carros, gera alta ansiedade espacial. Crianças com malformações congênitas dos labirintos apresentam consequências importantes especialmente no desenvolvimento neuropsicomotor. Por isso, é sempre bom lembrar que esses sintomas de desequilíbrio e dificuldade de estabilização do olhar devem ser diagnosticados e tratados pelo orrinolaringologista da área de Otoneurologia. Dra. Rita Guimarães CRM PR 9009 - RQE 3040 Otorrinolaringologista Otoneurologista Hospital de Clínicas UFPR Centro de Zumbido Curitiba

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