No dia do aposentado, algumas dicas e cuidados
No dia do aposentado, algumas dicas e
cuidados
Em 24 de janeiro comemora-se o Dia
Nacional do Aposentado, e é mais do que justo a sua comemoração porque, hoje em
dia, após a aposentadoria, o idoso percebe que ainda há muita vida, que é hora
de viajar, de relaxar e aproveitar as conquistas dos anos anteriores e de
compartilhar com as novas gerações a experiência e a memória dos anos vividos.
Para não “estragar” essa data especial,
a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista e
otoneurologista de Curitiba, lembra que quanto mais a idade chega, mais a
estrutura do ouvido se desgasta, o que pode se tornar um problema para os
idosos – por isso, para evitar maiores constrangimentos tanto para o idoso
quanto para a família e poder aproveitar a melhor idade da maneira certa, o
ideal é procurar um médico especialista assim que surgirem os primeiros
sintomas de perda de audição.
A especialista comenta que a perda
auditiva acontece gradualmente como um somatório de vários fatores externos,
desde a exposição a ruídos, má alimentação, estresse, uso de medicamentos e até
fatores metabólicos ou genéticos. “Essa perda progressiva da audição, conhecida
como presbiacusia, acontece em função da idade, pelo desgaste fisiológico das
células auditivas. A presbiacusia é mais percebida em pessoas acima de 60 anos,
porém, dependendo de fatores genéticos e ambientais, como exposição prévia a
ruídos, ela pode se manifestar antes dos 50 anos”, comenta Rita.
Muitos sinais da perda de audição são
mais perceptíveis para as pessoas que convivem com os idosos do que para eles
mesmos, já que se trata de uma doença gradual. “Alguns dos principais sintomas
são a dificuldade em ouvir sons agudos, dificuldade de entender a conversa –
troca de letras ou palavras, - aumentar o volume da televisão, pedir para
repetir, procurar ficar mais próximo da fonte sonora, o surgimento do zumbido,
por exemplo, são alguns dos sintomas mais comuns – e quem convive com o idoso
deve ficar atento a esses detalhes”, explica.
A especialista comenta que algumas
pessoas têm dificuldade em reconhecer que necessitam de uma ajuda médica
especializada para tratar dessas questões. “Muitas vezes o indivíduo se adapta
a perda auditiva e só procura ajuda médica depois de muita pressão feita pela
família e amigos”, comenta Rita. Porém, o idoso precisa compreender que, com
uma boa audição, além de ele poder ouvir, entender e trocar informações com
maior qualidade e menos esforço, esse sentido serve também como sinal de alerta
contra situações de perigo e para ajudar na localização dos sons.
A perda auditiva na terceira idade é um
fator de limitação do indivíduo, que pode contribuir com o desenvolvimento de
alguns distúrbios psiquiátricos. “A questão da audição está relacionada com
alterações da memória e pode produzir um grande impacto negativo na vida do
idoso, conduzindo-o à diminuição nas relações sociais, emocionais e até ao
isolamento”, explica.
Por favorecer o isolamento dos
portadores da deficiência, devido à dificuldade de comunicação com o meio
social em que vive, o idoso pode adquirir um sentimento de constrangimento
devido a esse problema, o que pode propiciar o surgimento de um quadro
depressivo. “Os familiares do deficiente podem não ter tolerância para lidar
com a falta de audição, e, passam a não manter diálogos normais com o idoso,
passando somente a informar os assuntos essenciais, o que faz com que ele se
sinta mal” exalta.
Então, para tratar desse mal e fazer
com que o idoso passe pela melhor idade da melhor forma possível, é preciso
realizar, antes de tudo, uma visita a um médico especialista, que, após os
testes auditivos, dependendo de cada caso, indica a utilização de aparelhos de
amplificação sonora, além do desenvolvimento de estratégias comunicativas,
treinamento auditivo e orientação familiar. “Praticamente todos os casos têm
melhora significativa com a adaptação correta dos aparelhos auditivos”, conclui
Rita. Depois é só aproveitar o 24 de janeiro para homenagear a todos que se
permitem sair para pescar, caminhar, visitar amigos e parentes, viajar, ou
mesmo ficar sentados em uma cadeira de balanço observando o mundo ao redor.
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