Espero a Primavera para procurar um Otoneurologista?
Não é preciso esperar uma nova estação. Cada
vez mais, a medicina, assim como em todas as outras áreas que
envolvem a vida atual, está se “superespecializando”. Dentre essas
especializações, na medicina surge uma que tem como propósito tratar com maior
especificidade as pessoas que sofrem com patologias no ouvido internol,
problemas que prejudicam aaudição e o equilíbrio dos
indivídiuos: a otoneurologia.
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista
e Otoneurologista de Curitiba, PR, comenta
que a otoneurologia é uma das ramificações da otorrinolaringologia.
“Por exemplo, quando o médico decide por seguir a carreira de
otorrino, depois ele pode se aprofundar em alguma ramificação ou área
específica. A otoneurologia é uma dessas áreas da
otorrinolaringologia que se dedica ao diagnóstico e tratamento do desequilíbrio
corporal, transtornos da audição e suas relações com o sistema nervoso”,
explica.
Dentre os objetos de estudo do otoneurologista,
está o aparelho formado pela cóclea – responsável pela sensação auditiva - e o
sistema vestibular – responsável pelo equilíbrio corporal. “Esse aparelho é
chamado de cócleo-vestibular ou mais conhecido como labirinto e é o grande
responsável pela audição e equilíbrio do corpo. O sistema vestibular é formado
por vários elementos sensoriais e se relaciona diretamente com outros sistemas
do organismo, como a visão e a propriocepção, que informam
ao cérebro os movimentos corporais”, esclarece Rita.
A especialista comenta que, como o sistema
vestibular é o responsável pelo equilíbrio do corpo, quando o indivíduo sente
tonturas, vertigens ou desequilíbrios, esses são sinais de que o sistema
vestibular está com algum problema. “Até mesmo sensações que não sejam
diretamente ligadas ao equilíbrio, como náuseas, vômitos, palidez, sudorese,
taquicardia, sensação de desmaios ou zumbido, também podem significar que esse
sistema está com alguma falha”, ressalta a especialista.
Para tratar dessas questões, é preciso fazer uma
avaliação otoneurológica, em que o especialista avalia o sistema auditivo e o
vestibular para identificar qualquer alteração ou doença que
possa estar prejudicando o equilíbrio corporal. O primeiro passo para o
especialista é fazer algumas perguntas para o paciente que possam
ajudá-lo a conhecer os sintomas e suas repercussões nos hábitos e
cotidiano do indivíduo. “Depois de conhecer as queixas da pessoa
normalmente já obtemos algumas respostas que precisamos e fica mais fácil
encaminhá-lospara os exames”, explica Rita. A especialista
comenta que normalmente são indicados a realização de exames
otoneurológicos, nos quais são incluídos a avaliação da audição,
mesmo quando os pacientes não possuem queixas relacionadas a esse
sentido, e a análise do equilíbrio.
Os exames têm como objetivo verificar o grau de
comprometimento dos órgãos, identificar onde está a lesão, se ela é
periférica ou central, caracterizar o seu tipo e intensidade e ajudar no
reconhecimento da causa do problema. “Além disso, os exames auxiliam na hora de
prescrever o tratamento para o paciente, que varia de
caso para caso. Ele pode ser feito com medicamentos,
exercícios para a reabilitação vestibular, atividade física,
mudanças na alimentação e em casos particulares com intervenção cirúrgica”,
explica.
Rita lembra que uma das causas dos problemas
labirínticos pode ser a utilização de determinados remédios como
alguns anti inflamatórios e antibióticos, que podem causar ou agravar as
alterações cócleo-vestibulares. “Por isso, o ideal é que o paciente
consulte um médico otoneurologista assim que os primeiros
sintomas surgirem. Quanto antes obter o diagnóstico da
doença otoneurológica e o tratamento iniciado melhores serão os
resultados”, finaliza.
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