Zumbido pode estar relacionado à perda auditiva

Na próxima sexta-feira, dia 01 de julho, acontecerá mais um encontro do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ), no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. O tema do GAPZ deste mês é “Relações entre zumbido, intolerância a sons e perda auditiva” e será ministrado pela fonoaudióloga Izabella Macedo. “Estimativas indicam que cerca de 90% dos pacientes com perda auditiva possuem o sintoma zumbido”, aponta à especialista, mestre em Distúrbios da Comunicação.
Rita de Cássia C. Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do GAPZ, observa que o zumbido não causa perda auditiva. “Porém quem sofre com problemas auditivos tem mais chances de ter zumbido. Sem a presença dos sons para estimular as vias auditivas, o cérebro passa a prestar mais atenção nos sons internos, como é o caso do zumbido, barulho percebido na cabeça ou nas orelhas sem a presença de qualquer fonte sonora externa”, explica.
Outra queixa muito comum de quem possui perda auditiva e zumbido é a hipersensibilidade aos sons, classificada em três tipos - a hiperacusia, a misofonia e a fonofobia. “De 25 a 40% dos pacientes relatam que tem hipersensibilidade auditiva. Algumas pessoas são tão sensíveis que até mesmo os sons do dia-a-dia, em níveis considerados normais, causam muito desconforto, a ponto de ser intolerável. Para identificar qual é o tipo de hipersensibilidade do paciente é preciso realizar alguns exames e então o paciente é encaminhado para o tratamento mais adequado”, destaca Rita.
Macedo esclarece que a hiperacusia é a tolerância reduzida aos sons e que se manifesta mesmo quando a intensidade do barulho é moderada. O paciente tem audição normal, mas sua sensação é de que os sons estão mais altos. Já a misofonia é a resposta emocional ou condicionada da aversão a determinados sons. “Na misofonia o paciente ouve um som que causa desconforto e o sistema nervoso e límbico reagem de maneira desproporcional, sem haver alterações anormais do sistema auditivo. E a fonofobia é o medo da exposição sonora”, observa.
O zumbido é um sintoma de que algo não vai bem no organismo. Mais de 200 fatores podem desencadear o problema, que afeta mais de 28 milhões de brasileiros. “Os pacientes relatam que o som do zumbido é semelhante ao barulho de uma abelha, do tocar de um sino, cliques, pulsações, grilo e até o som da eletricidade. O tipo do som varia de indivíduo para indivíduo, mas o problema é o mesmo. O tratamento deve ser interdisciplinar, ou seja, envolve a atuação de diferentes profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, otorrinos e ortodontistas”, ressalta o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, que também faz parte do grupo.

GAPZ
O Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ) tem a missão de informar e atualizar as pessoas sobre o que é, as causas, consequências e tratamentos para o zumbido, visando melhorar a qualidade vida e dar esperança a quem sofre com o problema.
As palestras contam com especialistas de diversas áreas como médicos otorrinos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, que dão orientações e esclarecem as dúvidas dos presentes.
Os encontros do GAPZ acontecem todas as primeiras sextas-feiras do mês, no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. O evento é aberto para qualquer pessoa, a entrada é gratuita e quem quiser colaborar pode fazer a doação de um produto de higiene pessoal. Mais informações sobre o próximo encontro podem ser obtidas através do fone (41) 3225-1665.

Serviço: Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido
Próximo encontro: 01 de julho de 2011
Tema: Relações entre zumbido, intolerância a sons e perda auditiva
Palestrante: Izabella Macedo, fonoaudióloga
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações: (41) 3225-1665
Entrada livre

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