Grupo de apoio apresenta os principais tratamentos para o zumbido


GAPZ do mês de outubro terá como palestrante a otorrinolaringologista Rita de Cassia Guimarães Mendes.

O número de causas ultrapassa duas centenas e o problema, considerado uma doença pelos leigos, é visto como um sintoma pelos especialistas de uma ou mais doenças que atingem o organismo. “O zumbido é um distúrbio que atinge 17 pessoas em cada 100 no Brasil. A maior dificuldade é encontrar um médico especializado no assunto para tratar o problema”, destaca Rita de Cassia Guimarães Mendes, otorrinolaringologista e otoneurologista coordenadora do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ).
O zumbido é a percepção de um som que não está presente no ambiente externo, ou seja, somente o paciente é capaz de ouvir o ruído, que pode ser percebido nos ouvidos ou na cabeça. “Os fatores que causam zumbido podem ou não estar associados e envolver aspectos auditivos, odontológicos, musculares, distúrbios craniofaciais e outras questões”, explica o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, profissional que também faz parte do GAPZ.
O diagnóstico é feito de maneira progressiva, descartando as causas mais comuns até encontrar as verdadeiras motivações do desencadeamento do sintoma. “Todas as causas identificadas devem ser tratadas. Em alguns indivíduos é preciso elencar as prioridades no tratamento e conforme as doenças são eliminadas ou pelo menos minimizadas o sintoma apresenta melhoras. Nem sempre é possível a cura total do zumbido, mas o indivíduo pode viver normalmente”, esclarece Rita.
Da mesma forma que o zumbido é causado por vários fatores, o tratamento envolve várias estratégias, que vão desde as mudanças nos hábitos alimentares, uso de aparelhos auditivos até intervenção cirúrgica. “Em casos específicos é indicado o implante coclear – aparelho colocado no ouvido interno para melhorar a audição. Mas o implante é indicado somente em último caso, depois de aplicar todas as estratégias possíveis e não obter o efeito desejado”, ressalta a especialista.
No que diz respeito à alimentação, os portadores de zumbido devem evitar o consumo de cafeína – seja no cafezinho, no refrigerante, no chocolate, no chá ou no chimarrão -, açúcar e gorduras. “Os alimentos alteram o metabolismo, a pressão arterial e outros sistemas do organismo. O excesso ou a falta de nutrientes presentes na corrente sanguínea dificulta a irrigação da cóclea, componente do ouvido responsável pela audição, afetando as células auditivas e prejudicando o seu funcionamento”, afirma Rita.
Outra estratégia, denominada TRT, tem como objetivo realizar um enriquecimento sonoro na audição do paciente. “Quanto menor for a quantidade de sons que entram nos ouvidos, maior é a percepção do zumbido, já que não há sons concorrentes com o ruído. Na terapia de enriquecimento sonoro o paciente é orientado a manter sons constantes no ambiente, mesmo durante a noite. Mas é bom lembrar que a terapia não é para todos os casos”, observa.
Vários outros tipos de tratamentos são utilizados para tratar o zumbido e para saber mais basta comparecer na próxima reunião do GAPZ, que será realizada no dia 07/10, a partir das 14 horas, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. “Convidamos a todos a participar dos encontros. O conhecimento acerca do zumbido é fundamental para amenizar a angústia e o sofrimento causado pelo incômodo. Além disso, a troca de experiência entre os participantes enriquece o debate”, acrescenta Rita.
O encontro de outubro terá como tema “Noções sobre os vários tipos de tratamento do zumbido” e a palestrante será a coordenadora do grupo. Nas reuniões os profissionais que fazem parte do GAPZ estão sempre presentes, apoiando a palestra e esclarecendo as dúvidas de quem está presente. “Nós não fazemos consultas e nem olhamos exames nos encontros. A finalidade do GAPZ é contribuir para o conhecimento sobre o zumbido, abordando todos os assuntos ligados ao zumbido”, finaliza a otorrinolaringologista.

GAPZ
O Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GAPZ) tem a missão de informar e atualizar as pessoas sobre o que é, as causas, consequências e tratamentos para o zumbido, visando melhorar a qualidade vida e dar esperança a quem sofre com o problema.
As palestras contam com especialistas de diversas áreas como médicos otorrinos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas, que dão orientações e esclarecem as dúvidas dos presentes.
Os encontros do GAPZ acontecem todas as primeiras sextas-feiras do mês, no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. O evento é aberto para qualquer pessoa, a entrada é gratuita e quem quiser colaborar pode fazer a doação de um produto de higiene pessoal. Mais informações sobre o próximo encontro podem ser obtidas através do fone (41) 3225-1665

Serviço: Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido
Próximo encontro: 07 de outubro de 2011
Tema: Noções sobre os vários tipos de tratamento do zumbido
Palestrante: Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do GAPZ Curitiba
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações: (41) 3225-1665
Entrada livre 

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