Tem zumbido? Você não é o único. Conheça o GIPZ

A primeira reunião do "Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido" de 2013 acontece nessa sexta-feira, dia primeiro de março.


Hoje, sexta-feira, primeiro de março, será realizado o primeiro encontro do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba), antigo GAPZ. O grupo existe desde 1999 e as reuniões acontecem em todas as primeiras sextas-feiras do mês, de março a dezembro. Se algum conhecido sofre com zumbido e sente falta de motivação ou de vontade para comparecer as reuniões, a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, coordenadora do grupo, oferece um ótimo argumento. “Estudos evidenciam que a participação em pelo menos 75% dos encontros promove uma melhora significativa no zumbido, pois a percepção do problema é minimizada”, ressalta.
O zumbido, caracterizado como um som nos ouvidos ou na cabeça sem a presença de uma fonte externa é um sintoma que atinge 17% da população mundial, especialmente os idosos – um terço das pessoas com mais de 65 anos se queixam do sintoma. Problemas cardiovasculares, remédios, contração muscular em excesso, alterações metabólicas, questões odontológicas, modo de vida inadequado e doenças do ouvido são alguns dos mais de 200 fatores que podem estar ligados ao seu aparecimento, mas o mais comum de todos é a perda de audição. Nove em cada dez pacientes tem perda auditiva. Vale lembrar que o zumbido não causa surdez, mas a surdez pode provocar zumbido.
A enfermidade pode ser causada por mais de uma razão e às vezes são necessários o acompanhamento de profissionais de diferentes áreas para descobrir os problemas que o causam. O diagnóstico do zumbido exige uma investigação completa da audição e da saúde geral do organismo. O primeiro profissional a ser consultado deve ser um otorrinolaringologista especialista no assunto – otoneurologista - que irá fazer os encaminhamentos necessários.
O zumbido tem tratamento que varia conforme a causa, e por isso a intervenção deve ser interdisciplinar. Odontologia, Psicologia Fisioterapia,e Fonoaudiologia são algumas das áreas que atuam em conjunto com a Otoneurologia para cuidar de pacientes que sofrem com esse mal. É necessário diagnosticar todas as causas e criar estratégias adequadas para tratá-las. Após a identificação desses fatores, o tratamento mais adequado é o prescrito, e pode variar de desde o uso de aparelhos auditivos, terapia sonora à correção das alterações gerais da saúde do paciente.
Vale lembrar que hábitos sedentários, alimentação inadequada, vícios em álcool ou tabaco, exposição a ruídos intensos, e exagerar na ingestão de açúcar, sal, cafeína e chás são fatores que podem aumentar os riscos do surgimento do zumbido. Além disso, cada indivíduo percebe o problema de uma maneira diferente, já que é o cérebro que determina a sua persistência. “A percepção do zumbido está ligada ao sistema límbico, responsável pelas emoções. Quando sensações e emoções negativas estão ligadas ao sintoma, o cérebro dá mais atenção ao zumbido” comenta Rita.
Alguns pacientes não se incomodam com o barulho, outros se sentem desconfortáveis a ponto de não conseguir dormir direito ou de não conseguir realizar suas atividades normalmente. Estimativas revelam que em 80% dos casos, o zumbido é bloqueado pelo cérebro e o indivíduo não sente incômodo. Cerca de 15% dos pacientes sentem incômodos com o zumbido e 5% tem o chamado ‘zumbido incapacitante’, que compromete a vida profissional, social e a saúde.
O silêncio é um dos fatores que favorece a percepção do zumbido, pois quanto menos barulho, mais atenção será dada ao ruído e mais incomodado o paciente fica.
A melhora no zumbido também depende do grau de informação do paciente. Quanto mais se sabe sobre o problema, maiores são as chances de sucesso no tratamento. A participação em grupos de ajuda, como o GIPZ, são essenciais para a desmistificação do zumbido e atualização. No GIPZ são ministradas palestras mensais, cada encontro com um tema, e ao final os pacientes podem fazer perguntas e compartilhar suas experiências. O evento acontece no 5º andar do anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas. A reunião é aberta a qualquer pessoa e é gratuita a participação. Quem quiser colaborar pode fazer a doação de um produto de higiene pessoal.

Serviço: Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
Próximo encontro: primeiro de março de 2013
Palestrante: Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do GIPZ Curitiba
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Agendamento de presença e mais informações:  (41) 3225-1665 
Entrada livre

Comentários