O GIPZ encerrou as atividades em 2013 em encontro que tratou sobre o sucesso no tratamento do zumbido

Com a presença de duas pacientes que trataram o sintoma, a reunião lotou o auditório do Hospital das Clínicas.

Sexta feira passada, dia 29 novembro, aconteceu última a reunião do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido (GIPZ) de 2013, em Curitiba. O Grupo, que é formado pela médica otorrinolaringologista e ortoneurologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, pela fonoaudióloga Izabella Pedriali de Macedo, pela fisioterapeuta Vivian Pasqualin, pela psicóloga Daniela Matheus e pelo ortodontista Gerson Kohler, nesse mês abordou o assunto “Casos de sucesso no tratamento do zumbido”, e, diferentemente dos outros encontros, em que um dos especialistas ministra uma palestra, nesse caso, duas pacientes que já tiveram zumbido e realizaram tratamentos adequados para amenizá-los e até curá-lo compartilharam sua experiência com os presentes.

Com o auditório inteiramente lotado, a primeira a contar a sua experiência com o zumbido foi Ivonete Muxfeldt, que começou a sofrer com zumbidos em 2008, mas sentiu uma piora em 2011, quando foi procurar ajuda médica. A Dra. Rita, responsável por diagnosticar a paciente – que sofre com a Doença de Menière, - após realizar os exames necessários, indicou o uso do aparelho auditivo, que Ivonete só tira hoje para dormir. “É preciso confiar na médica. Depois do tratamento e do uso do aparelho, sons ‘simples’ voltaram a fazer sentido – e eu entendi o motivo do meu marido se incomodar com o barulho do salto e o da louça batendo, por exemplo. Ir ao teatro, à palestras, ouvir o barulho do vento são coisas que antes não aconteciam, e hoje são normais. E o zumbido? Quando tiro o aparelho para dormir, de vez em quando escuto ele, mas ele se tornou tão baixinho que não incomoda mais”, comentou a paciente.
Rita explicou que, no caso de Ivonete, ela usará o aparelho para o resto de sua vida, mas que, assim como o aparelho será permanente, o zumbido será cada vez menos percebido. A especialista explicou que “não existe mágica, existe diagnóstico correto e comprometimento do paciente”, e esses são os casos de Ivonete e de Juliane Yukie Santos Silva Hassum. A segunda sofreu um processo inflamatório e perdeu praticamente toda a audição do ouvido direito.
Após ir em alguns médicos e obter sempre respostas negativas, Juliane chegou à Rita, que soube diagnosticar seu problema, que causava, entre outros sintomas, um zumbido que a incomodava demais. O diagnóstico foi complicado, mas a melhor solução foi o ouvido biônico – ou implante coclear, - colocado por meio de uma cirurgia. “Antes da implantação do aparelho, era difícil ouvir qualquer ruído. Meu marido reclamava do meu mau humor, eu não ouvia direito meus filhos chorando, ir em restaurantes grandes e movimentados era impossível”, comentou a paciente.
Com o implante há cerca de dois meses, ela afirma já ter percebido várias diferenças. “Foi uma cirurgia simples, fui para a minha casa no mesmo dia e não senti dor. Após a ativação do aparelho, que demorou cerca de trinta dias depois da cirurgia, o zumbido passou a não incomodar mais e o humor melhorou”, comentou. A doutora explicou que o som ouvido por Juliane por meio do implante é metálico, motivo que no começo pode causar estranhamento, mas, segundo a própria paciente, já na primeira semana com o aparelho ela havia se acostumado.
Para fechar com chave de ouro o GIPZ de 2013, todos os presentes cantaram parabéns para a Dra. Rita, que comemorou aniversário dia 1° de Dezembro, e foram brindados com um coffee break. Em 2014 o GIPZ retorna dia 7 de março.






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