O diagnóstico do zumbido

As causas do zumbido afetam, em média, 17% da população. “Em 80% dos casos, o zumbido é gerado no sistema auditivo por diversas causas, entre elas as doenças próprias da orelha, metabólicas, cardiovasculares, farmacológicas (remédios), doenças neurológicas e ainda disfunções musculares da cabeça, face e pescoço e transtornos psicológicos”, explica a otorrinolaringologista e otoneurologista Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães. Quando o zumbido é gerado no sistema auditivo, grande parte das suas causas está na cóclea, uma estrutura especializada, que trabalha como órgão receptor de sons e possui o formato de um canal enrolado em forma de caracol, composto por células ciliadas.
“Essas células ciliadas podem ser entendidas como teclas e a cóclea como um piano. Se faltam células na cóclea ou se elas são mal estimuladas, é o mesmo que acontece quando faltam teclas no piano: falta som, ou seja, ocorre perda auditiva”, esclarece Rita, usando uma metáfora. A doutora ressalta que as maiores causas do zumbido são a presbiacusia (envelhecimento auditivo), a exposição a ruídos excessivos, otites (inflamações do ouvido), problemas vasculares da cóclea e tumores.
Para tratar o zumbido é preciso que o paciente tenha calma e paciência, uma vez que pode ser preciso o apoio de uma equipe interdisciplinar para saber qual a causa do zumbido e como tratá-lo da melhor forma.
Independente da abordagem, Rita ressalta um ponto importante: o zumbido é um sintoma, portanto, ele não causa surdez. A surdez é somente uma das causas do zumbido – que têm mais de 200 causas conhecidas.

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