Zumbido no ouvido afeta mais de 300 milhões de pessoas

O sintoma é resultado de outras doenças, pode ser evitado e tratado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que a percepção de um som que não está sendo gerado no ambiente afeta mais de 300 milhões de pessoas. No Brasil, são 40 milhões que convivem com o sintoma. O zumbido é uma percepção de um som nos ouvidos ou na cabeça sem que tenha sido gerado por uma fonte sonora. Pode vir associado a outros sintomas como tontura, perda auditiva e intolerância a sons.

Dra. Rita Guimarães, conhecida por seu trabalho como otorrinolaringologista, otoneurologista e mestre em clínica cirúrgica pela UFPR explica que esse sintoma no ouvido nem sempre tem origem em ruídos estridentes. Segundo a médica, muitas doenças podem causar zumbido e várias causas podem se manifestar em um único indivíduo. “Além de problemas no ouvido, o zumbido pode ter origem do envelhecimento, diabetes, anemia ou problemas cardiovasculares”, relata.

O zumbido, na verdade, se trata de uma percepção sonora sem uma fonte de som externa. Não é uma doença em si, mas sim um sintoma de uma condição de saúde que afeta algum ponto da via auditiva. Com frequência, o zumbido é acompanhado de outros sintomas que refletem o estado dos ouvidos e prejudicam a vida de quem convive com o problema.

Quando causado por barulho excessivo, o zumbido ocorre em função de uma lesão nas células da cóclea, decorrente de uma pressão forte no tímpano. Dependendo da intensidade do zumbido entre os pacientes, ele pode ser permanente ou temporário. “É possível que o trauma desapareça depois de alguns dias após a exposição ao ruído, como também pode ser uma lesão crônica que vai durar o resto de sua vida”, explica Rita.

Uma das formas para se livrar do zumbido é a prevenção. Para prevenir essas condições, é importante usar protetor auditivo e diminuir o tempo de exposição a ruído. Alterações emocionais como estresse e o abuso no consumo de café, cigarro e álcool também afetam o aparelho auditivo e devem ser evitados.