Como prevenir quedas

Mais do que o simples “tomar cuidado”, existem alternativas simples e cotidianas

A prevenção da ocorrência de quedas em idosos é um desafio para os profissionais da área da saúde. Um dos aspectos mais relevantes para tal prevenção é a detecção precoce de fatores de risco para quedas. Dentre estes, destaca-se o declínio do equilíbrio e da mobilidade funcional.

A Dra. Rita Guimarães, otorrinolaringologista e otoneurologista explica que os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais), o sexo feminino, história prévia de quedas, imobilidade, baixa aptidão física, fraqueza muscular de membros inferiores, fraqueza do aperto de mão, equilíbrio diminuído, marcha lenta com passos curtos,  dano cognitivo, doença de Parkinson, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia. “São muitos os fatores de risco e por isso é importante realizar tratamento especial para cada um desses”, completa a Dra. Rita. Conheça os principais tipos de tratamento contra as quedas:

·  Exercícios: prática de exercícios ajudam a prevenir quedas, projetos com duração de 10 semanas a 9 meses mostraram que há um redução em 10% da probabilidade de queda entres os que se exercitam em comparação com sedentários, além do treinamento específico para equilíbrio motivou uma redução de 25% de quedas e as aulas de Tai Chi Chuan (um exercício de equilíbrio), reduzem o risco de cair em 37%.

·  Intervenções para reduzir lesões: algumas intervenções podem reduzir o risco de uma lesão grave pós-queda, prevenindo a osteoporose. Suplementos orais de vitamina D e cálcio para mulheres saudáveis na pós-menopausa podem reduzir o risco de fraturas quando caem. Outras medidas de redução ou prevenção de osteoporose precisam ser analisadas para estabelecer-se a eficácia deprevenir fraturas: terapia de reposição hormonal, bifosfonatos, luz solar, caminhadas e consumo aumentado de produtos lácteos.

A Dra. Rita ainda complementa informando que intervenções que atenuam a força do impacto, como o uso de almofadas externas protetoras de quadril (acolchoamentos autocolantes na pele ou em roupas de baixo) ou de colchonetes no chão pode diminuir o risco de fratura de quadril, caso caiam. Um dos problemas das almofadas autocolantes é o de aceitabilidade. Em um estudo feito na Dinamarca, para investigar o efeito dos protetores externos de quadril sobre a prevenção de fraturas de idosos residentes em casas de repouso, mostrou que o índice de fratura de quadril do grupo que usou a almofada foi reduzido em 53%, pois as pessoas do grupo de intervenção que sofreram uma fratura, não estavam usando o protetor no momento da queda.

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