Enxaqueca é muito mais do que dor de cabeça


Problemas do labirinto estão ligados a enxaqueca

No dia 19 de maio se comemora o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, que tem a intenção de alertar a população sobre a dor de cabeça. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), metade da população geral apresenta cefaleia durante um determinado ano e mais de 90% refere história de cefaleia durante a vida. No Brasil, 72% das pessoas sofrem com dores de cabeça e 15% sofrem enxaquecas, o que gera em mais de R$ 2 bilhões em gasto com analgésicos por mês. 

Problemas de enxaqueca podem coexistir com disfunção do ouvido interno. como explica a Dra. Rita Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica e especialista em doenças do labirinto do Hospital de Clínicas da UFPR. Rita explica que a cefaléia do tipo enxaqueca é uma síndrome. Um conjunto de sinais e sintomas e o termo atual para enxaqueca é migrânea. Existem vários tipos de migrânea e a cefaléia ou dor de cabeça é um dos sintomas. 
A migrânea afeta várias funções cerebrais com  prejuízos cognitivos e de comportamento.  Afeta a maneira como as informações são processadas. “Pessoas com enxaqueca podem apresentar distúrbio de sono, de atenção e de concentração.

O tipo migrânea vestibular acomete o labirinto (ouvido interno) e as vias neurais relacionadas com a audição e o equilíbrio do corpo.
Pacientes com migrânea vestibular queixam-se de tontura, vertigem, sensação de ouvido entupido, zumbido, hipersensibilidade a sons e à luz, náusea com ou sem cefaléia no momento da crise de vertigem.

Dra. Rita Guimarães comenta que o individuo migranoso sem tratamento tem limitações e repercussões na sua vida pessoal, familiar, social e laboral e recomenda sempre procurar um especialista para realizar o diagnóstico e o tratamento correto tanto das crises como o tratamento preventivo com medicamentos de uso contínuo e que impedem a ocorrência das crises de migrânea.

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