Quis encerra atividades do GIPZ em 2012


Pacientes responderam questões sobre zumbido, esclareceram dúvidas e ao final do encontro foram recepcionados com um coffee break.

Na última sexta-feira (07/12), o Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) encerrou as suas atividades de 2012. O último encontro do ano teve uma dinâmica diferente durante a palestra e ao final os pacientes foram convidados a se deliciar em um coffee break especial. “A proposta da reunião de dezembro era trazer pacientes que tiveram sucesso no tratamento do zumbido para compartilhar a sua história. Os convidados tiveram imprevistos e não puderam comparecer, por isso fizemos um quiz bem animado”, afirma a fisioterapeuta Vivian Pasqualin.
Vivian preparou diversas perguntas com alternativas e questões de verdadeiro ou falso para a plateia responder. Quem acertou as respostas foi premiado com um bombom. O chocolate serviu como incentivo para os presentes driblarem a vergonha e participarem da aula. “O GIPZ é informação e integração entre os pacientes e também entre os profissionais voluntários que formam o grupo. Quanto mais se sabe sobre o zumbido, maior é a chance de melhorar. E o quiz foi importante para reforçar os conhecimentos adquiridos ao longo do ano”, ressalta.
“O que é zumbido” foi a primeira pergunta do quiz. Os pacientes ficaram indecisos entre duas alternativas – uma frase que dizia que o zumbido é um som contínuo e outra que afirmava que ele é qualquer som ouvido na cabeça ou nos ouvidos sem a presença de uma fonte externa. “Nem sempre o zumbido é contínuo. Alguns pacientes relatam que ele está presente 24 horas, porém, outros afirmam que o ruído cessa em alguns períodos. Isto varia de pessoa para pessoa, por isso a resposta correta é a segunda”, explica a fisioterapeuta.
As questões também abordaram o número de pessoas com zumbido no Brasil, as causas do problema e as relações entre o ruído e a odontologia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia e a otorrinolaringologia. “Cerca de 28 milhões de brasileiros tem zumbido e 80% não se incomodam com o barulho. Os outros 20% buscam tratamento e tentam vencer o preconceito, já que as pessoas tem dificuldade em entender algo que não é visível. O zumbido é um sintoma percebido apenas pelo paciente e detectado pelo médico”, acrescenta.
São mais de 200 causas diferentes – desde alterações no metabolismo, problemas auditivos, medicamentos ototóxicos, anomalias dentofaciais, até distúrbios emocionais e questões musculares. O zumbido não causa surdez, mas a perda auditiva é uma das principais responsáveis pelo desencadeamento do sintoma. “A investigação das causas deve ser minuciosa. Sempre há o que fazer com o zumbido. Quando a causa tem cura, o zumbido pode ser eliminado completamente e quando a doença pode ser controlada, a percepção do ruído e o incomodo podem ser minimizados”, frisa.

Uma luz no fim do túnel
Edson, 79, esteve presente na reunião e conta que tem zumbido há um ano. Edson relaciona o sintoma a sua rotina de trabalho durante anos em uma metalúrgica. “Ele começou fraquinho, mas depois evoluiu e agora percebo o ruído 24 horas por dia. Na hora de dormir é pior, porque fica complicado se desligar”, declara. Este foi o terceiro encontro do GIPZ que Edson participa e o paciente comenta que vai ao posto de saúde para começar o tratamento. “O GIPZ é ótimo, não tem nem o que falar. Tudo é importante, a palestra e a interação entre os pacientes. É uma luz no fim do túnel”, diz.
De acordo com a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, coordenadora do GIPZ, o grupo tem como missão compartilhar informações atualizadas sobre o zumbido, esclarecer dúvidas e incentivar os pacientes a dividir a sua experiência. “Cada reunião é diferente, mas sempre com o mesmo objetivo – desmistificar o zumbido e esclarecer que existe tratamento para o sintoma. Em 2013, o GIPZ vai continuar seu trabalho com muito vigor. Os encontros acontecem de março a dezembro, sempre na primeira sexta-feira do mês, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a partir das 14 horas”, finaliza.

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