Audição e fones de ouvido



Os fones de ouvido são um acessório assimilado no nosso cotidiano. Através dele o som é enviado diretamente para dentro do ouvido, e atinge o tímpano com maior pressão sonora aumentando o risco de lesão das células auditivas.

A Dra. Rita de Cássia, Otorrinolaringologista e Otoneurologista, comenta que o uso prolongado e com potência exagerada dos dispositivos pessoais de áudio com fones de ouvido pode causar danos irreversíveis à audição. “O importante é ajustar o volume e o tempo de uso bem como a escolha dos fones de ouvido”, sinaliza.

Estudos científicos mostram dados preocupantes de adolescentes e jovens adultos em risco de perda auditiva pelo uso, inadequado de fones de ouvido. “Entre eles, o zumbido não causa desconforto o que retarda o diagnóstico da lesão auditiva”, alerta a otorrino.

Hoje em dia já são encontrados muitos jovens que antes dos 30 anos já se queixam de zumbido ou até mesmo da capacidade auditiva menor. Pensando nessas consequências desagradáveis, a Dra. Rita dá 

Orientações para uso consciente de fones de ouvido:

- Quanto menos tempo de uso melhor!

- Regra 60/60: utilizar até 60% da potência do aparelho por no máximo 60 minutos seguido de repouso acústico. A recuperação dos ouvidos demanda um tempo de silêncio.

- Evitar o uso em ambientes ruidosos que induzem aumentar o volume. Ideal ouvir a música e os sons externos.

- Não usar fone em uma orelha só. A captação de ruído pela outra orelha induzirá ao aumento do volume no fone.

- Escolha do fone: fones que cobrem toda a orelha possuem melhor qualidade de som, vedam o pavilhão da orelha e bloqueiam a entrada de ruídos externos diminuindo a necessidade de aumento de volume. Fones auriculares que se encaixam na entrada do canal auditivo são rígidos e não tem boa vedação. “Um bom fone de ouvido deve proporcionar qualidade sonora, ter bom preço e ser confortável e adequado ao tipo de uso”, indica.

Ao fim, a médica estimula que: “Aos primeiros sintomas de dificuldade na audição deve-se procurar um médico otorrinolaringologista para o diagnóstico precoce e com chances maiores de reverter o quadro e evitar complicações”. O diagnóstico da perda auditiva relacionada à exposição ao ruído será dado pelo médico otorrinolaringologista após exames de audição realizados por um fonoaudiólogo.

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