E quando a depressão é a causa?


Temida por muitos, a depressão cresce, cada vez mais, dentre a população mundial. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), essa condição afeta muito mais de 300 milhões de pessoas por todo o mundo, sendo que 5,8% desse total representa o povo brasileiro.

Esse transtorno, quimicamente causado por alterações nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios que garantem a sensação de conforto, prazer e bem-estar, é avaliado por especialistas como mental tratável. Dentre seus sintomas estão a profunda angústia, a perda de interesse, a falta de energia, a dificuldade de concentração, a insônia ou o sono excessivo e, dentre outros, os pensamentos suicidas.

Apesar de ser diagnosticável e tratável, algumas pessoas passam a vida sem descobrir que carregam consigo as marcas e consequências desse transtorno. Quando não diagnosticada, a depressão não é tratada e as consequências vêm.

Dentre as colheitas negativas, como problemas no trabalho, relacionamentos vazios, a depressão pode estar associada, segundo a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, ao zumbido. “A depressão pode causar zumbido por instigar a alteração dos níveis neurotransmissores responsáveis pela audição”, explica a médica.

Estudos apontam que cerca de 60% das pessoas com zumbido crônico têm depressão e 45%, ansiedade. “Um tratamento psicológico e psiquiátrico anda lado a lado ao tratamento do zumbido”, indica Rita.

Como causa, também pode ser consequência dessa condição auditiva: “O Zumbido também pode acarretar a depressão, por questões ligadas, por exemplo, a autoestima”, comenta a otorrino.

O Zumbido nada mais é do que uma pressão nos ouvidos que causa uma dificuldade em compreender o que se ouve. Pode aparecer tanto em crianças, jovens, como em adultos e idosos, variando suas causas: de mal ou excessivo uso de fones de ouvidos à problemas mais graves, como a depressão. “O zumbido, sensação de audição abafada, é um sintoma de alerta do risco para desenvolver perda de audição. É um sinal de vulnerabilidade auditiva”, caracteriza Rita.

Para tratamento, tanto da depressão quanto do zumbido, a especialista indica o acompanhamento de profissionais. “Se há algo errado e seu corpo está, nitidamente, emitindo alertas. Não os ignore e procure um médico especialista. No caso da depressão, consulte um psicólogo ou psiquiatra e, no caso do zumbido, um otorrinolaringologista”, finaliza Rita de Cássia.

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