Implantes cocleares mudam a vida de quem sofre com problemas de audição




O implante coclear funciona de forma diferente do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). “O AASI amplifica o som enquanto o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea. Isso faz com que o usuário tenha uma maior capacidade de perceber o som da forma mais próxima possível à sensação fisiológica”, explica Rita.

Um dos métodos mais eficientes utilizado em pessoas que possuem perda grave de audição é o implante coclear. Diferentemente do aparelho auditivo, o implante – também conhecido como ‘ouvido biônico’, - tem uma parte que é colocada dentro da orelha do paciente e uma porção externa, que é acoplada logo atrás da orelha e apresenta uma antena que se mantém em posição por meio de um imã. O aparelho faz com que o nervo auditivo seja estimulado diretamente, causando as sensações sonoras.

Segundo a Dra. Rita de Cássia, o aparelho já é utilizado e reconhecido há mais de 30 anos, portanto, ele não se encaixa como uma tecnologia experimental – apesar de a tecnologia tornar o implante cada vez mais eficiente. Segundo a Central Brasileira de Implante Coclear (CBIC), este é o recurso mais avançado existente para o tratamento da surdez, contando com mais de 150.000 pessoas fazendo a sua utilização – cerca de 2000 delas no Brasil.

Pessoas que ouviam normalmente perderam a audição, e então foram submetidas ao implante coclear, descrevem que o som proporcionado pelo aparelho é um tanto metálico, porém o cérebro reaprende a reconhecer os sons. Vale lembrar que o quanto cada pessoa será capaz de ouvir e compreender depende de diversos fatores, como o tempo em que o paciente ficou sem ouvir, se ele já ouviu em algum momento da vida ou não, se tem algum código linguístico estabelecido, etc. "O dispositivo não deixa de ser uma mudança enorme na vida do paciente”, ressalta Rita.



Comentários